Existe uma grande diferença entre lutarmos pelo que queremos ou contra o que não queremos.
Quase sempre que alguém entra para o ringue da vida para travar uma luta, o faz porque há algo que não gosta e quer mudar.
Seja no seu corpo, no seu trabalho, nas pessoas com quem lida, nos assuntos de uma vida em sociedade, na proteção do futuro, do ambiente, dos mais desprotegidos ...
É aquilo que mais nos incomoda que mais mexe com as nossas emoções.
Afinal, não são assim muitas as pessoas que se movem por paixão ou fé em algo melhor.
No geral estamos mais formatados para focar no negativo, nos problemas, para assim os eliminar e ter uma vida melhor.
Mas quem luta contra nunca ganha ...
Claro que muitas lutas são travadas e são vencidas, mas se olharmos para a imagem global, quer em nós, quer no mundo, depressa chegamos à conclusão que lutar contra só traz prejuízo.
Se não for mesmo na perda da luta, será em todos os malefícios que a luta trouxe para o nosso corpo, para a nossa vida, para a nossa paz.
Quanto mais lutamos, mais o problema aumenta. Quanto mais lutamos, mais outros problemas aparecem.
Mesmo que na hora pareça que a luta foi vencida, olhando para outros aspetos da vida, não é difícil perceber que perdemos mais do que ganhamos.
Deveríamos então desistir de lutar?
A minha opinião é sim!
Pelo menos eu a cada dia tento ser melhor em deixar ir, em largar da ideia do que acho que está mal, em estar disposta a perder o que quer que seja em prol de um bem maior ... o meu bem!
Não digo com isto que devemos nos contentar e conformar com o que temos. De forma nenhuma. Mas existe uma diferença muito grande entre focar a nossa atenção no que queremos para o nosso futuro e para o mundo, ou lutar contra o que achamos que está mal.
É uma diferença que se mede pela quantidade e qualidade de energia utilizada ou desperdiçada. É uma diferença entre deixar-nos levar pela corrente de energia positiva ou lutar contra esta corrente, afogando-nos um pouco mais a cada dia.
É fazer a vida ao contrário!