Estou quase a fazer 40 anos e a entrar na segunda metade da vida, e tenciono torná-la a melhor da minha vida.
A minha infância não foi grande coisa, a minha adolescência foi uma desgraça, a minha juventude foi um começar de vida, e a minha vida adulta tem sido maravilhosa.
Para os meus 40 antecipo um renascer e um reviver, de que forma ou tipo não faço bem ideia, mas a expectativa é grande e positiva. Cá entre nós vos digo … mal posso esperar para começar a segunda metade da minha vida!
Mas lembro-me de quando era novita e achar que a vida depois dos vinte não existia e tinha receio constante de deixar passar muita coisa pelos meus dedos, porque se não fizesse então, jamais teria oportunidade de fazer. Quer fosse descobrir uma vocação, explorar o mundo, ou construir relacionamentos, a urgência era muita, pois depois dos vinte seria velha demais para o fazer.
Claro que a idade foi avançando e eu fui aprendo mais, quer sobre mim mesma, quer sobre os outros e o mundo, e os meus pontos de vista foram mudando e a minha inquietude acalmando.
Quando fiz trinta anos, depressa descobri que estava a viver os melhores anos da minha vida, devido a um conjunto de fatores que incluíam também a experiência de vida.
Olhar para o futuro deixou de ser uma visão tenebrosa para passar a ser uma aventura intrigante e excitante.
Mas vejo que muita gente não sente assim.
Claro que conforme a idade avança as definições de idade mudam e ao que antes viam como uma pessoa idosa agora chamam de ainda um jovem, mas continuam a ver na idade a razão para as suas limitações.
O que acontece é que os jovens tendem a olhar para os que têm mais idade como velhos e sem utilidade e não se preocupam muito como gerem o corpo e mente se os resultados são só prováveis na terceira idade e por isso já não contam.
O que importa é o agora e se o que fazem agora lhes traz gratificação, porque o depois na mente do jovem e até do adulto não é algo que valha a pena.
Depois os problemas vão começando a aparecer, mas são já esperados e por isso aceites. Não é visto como um resultado das suas ações, presentes ou passadas, mas sim como um resultado natural do avançar da idade.
Se dão cabo dos joelhos a jogar futebol, depois se já não conseguem subir umas escadas isso deve-se, CLARO, à idade!
São velhos … não se chamam velhos, não aceitam ser chamados de velhos, nem ser vistos como velhos … mas sentem-se velhos … sentem-se no fim da vida.
Muitos depois dos 40, ou até antes, começam a definhar. Começam a enfraquecer, a desistir, a conformar com o resto de vida que lhes estava destinado ter.
Aceitam as dores e as doenças como sendo normais e aguardam, com a paciência que conseguem, pelo dia da reforma que lhes irá dar o conforto de mais não terem de esforçar o corpo que já pouco aguenta.
Conforme a idade avança, mais o esperado dos sintomas da velhice são bens recebidos. Não sem reclamação, claro, mas é aquele tipo de reclamação de faz de conta, de quem quer só se queixar e ser ouvido, mas não espera que nada mude, porque não acredita que algo possa mudar.
Mas depois dos 40 temos uma outra tanta vida para vida. Uma vida com mais sabedoria, autonomia, conhecimento, aprendizagem, capacidade. Uma vida dedicada agora a limar arestas. A largar o que não queremos e não nos serve. A focar melhor no que realmente é importante para nós.
Se sem limitações do corpo e da mente é aqui que nos é permitido verdadeiramente florescer e descobrir quem somos. É aqui que somos capazes de nos expressar melhor, quer em palavras, quer em ações. É aqui que nos é permitido Ser e colher os frutos de uma vida de muito esbarrar com a cabeça contra a parede.
Artigos relacionados: http://noscorpomente.blogspot.pt/2016/04/aprender-viver-com-gladys.html
A minha infância não foi grande coisa, a minha adolescência foi uma desgraça, a minha juventude foi um começar de vida, e a minha vida adulta tem sido maravilhosa.
Para os meus 40 antecipo um renascer e um reviver, de que forma ou tipo não faço bem ideia, mas a expectativa é grande e positiva. Cá entre nós vos digo … mal posso esperar para começar a segunda metade da minha vida!
Mas lembro-me de quando era novita e achar que a vida depois dos vinte não existia e tinha receio constante de deixar passar muita coisa pelos meus dedos, porque se não fizesse então, jamais teria oportunidade de fazer. Quer fosse descobrir uma vocação, explorar o mundo, ou construir relacionamentos, a urgência era muita, pois depois dos vinte seria velha demais para o fazer.
Claro que a idade foi avançando e eu fui aprendo mais, quer sobre mim mesma, quer sobre os outros e o mundo, e os meus pontos de vista foram mudando e a minha inquietude acalmando.
Quando fiz trinta anos, depressa descobri que estava a viver os melhores anos da minha vida, devido a um conjunto de fatores que incluíam também a experiência de vida.
Olhar para o futuro deixou de ser uma visão tenebrosa para passar a ser uma aventura intrigante e excitante.
Mas vejo que muita gente não sente assim.
Claro que conforme a idade avança as definições de idade mudam e ao que antes viam como uma pessoa idosa agora chamam de ainda um jovem, mas continuam a ver na idade a razão para as suas limitações.
O que acontece é que os jovens tendem a olhar para os que têm mais idade como velhos e sem utilidade e não se preocupam muito como gerem o corpo e mente se os resultados são só prováveis na terceira idade e por isso já não contam.
O que importa é o agora e se o que fazem agora lhes traz gratificação, porque o depois na mente do jovem e até do adulto não é algo que valha a pena.
Depois os problemas vão começando a aparecer, mas são já esperados e por isso aceites. Não é visto como um resultado das suas ações, presentes ou passadas, mas sim como um resultado natural do avançar da idade.
Se dão cabo dos joelhos a jogar futebol, depois se já não conseguem subir umas escadas isso deve-se, CLARO, à idade!
São velhos … não se chamam velhos, não aceitam ser chamados de velhos, nem ser vistos como velhos … mas sentem-se velhos … sentem-se no fim da vida.
Muitos depois dos 40, ou até antes, começam a definhar. Começam a enfraquecer, a desistir, a conformar com o resto de vida que lhes estava destinado ter.
Aceitam as dores e as doenças como sendo normais e aguardam, com a paciência que conseguem, pelo dia da reforma que lhes irá dar o conforto de mais não terem de esforçar o corpo que já pouco aguenta.
Conforme a idade avança, mais o esperado dos sintomas da velhice são bens recebidos. Não sem reclamação, claro, mas é aquele tipo de reclamação de faz de conta, de quem quer só se queixar e ser ouvido, mas não espera que nada mude, porque não acredita que algo possa mudar.
Mas depois dos 40 temos uma outra tanta vida para vida. Uma vida com mais sabedoria, autonomia, conhecimento, aprendizagem, capacidade. Uma vida dedicada agora a limar arestas. A largar o que não queremos e não nos serve. A focar melhor no que realmente é importante para nós.
Se sem limitações do corpo e da mente é aqui que nos é permitido verdadeiramente florescer e descobrir quem somos. É aqui que somos capazes de nos expressar melhor, quer em palavras, quer em ações. É aqui que nos é permitido Ser e colher os frutos de uma vida de muito esbarrar com a cabeça contra a parede.
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