Eu sei o meu valor e sinto-me confortável em expressar o meu valor e em receber em troca do valor que dou.
Eu recebo sempre exatamente na mesma medida em que dou. Eu dou muito, mas também recebo muito.
A forma como recebo em troca não tem de ser direta, nem na mesma medida ou moeda. Eu recebo das mais diversas formas e maneiras, mas sempre na quantidade equivalente em que dou. Quanto mais dou, mais recebo.
Eu estou sempre recetiva para receber e sei que recebo na quantidade em que também dei. Eu sei que o que vem até mim é em função de tudo o que ofereço e por isso é bem merecido. Eu mereço e é o meu direito receber.
Quanto mais tenho, mais prova o quanto também dou. A minha abundância mostra o quanto me sinto confortável em receber em troca do que dou.
Eu dou porque gosto de dar. E recebo porque gosto de receber.
Eu sei que apenas também recebendo irei ter sempre mais para dar e aceitar receber é um ato de dar. Sem receber eventualmente não terei para dar e não poderei cumprir o meu papel de dar.
Quanto menos recebo, menos consigo dar. E quanto menos dou, menos posso receber. Eventualmente não terei nada para dar, nem para receber.
Eu adoro receber, pois isso prova o quanto eu dou.
Se eu não sou capaz de receber, isso significa que eu não quero dar a mim. Que eu não acho que mereço ou que deva receber. Que eu não devo ter mais ou igual do que os outros.
Mas o que eu recebo é em troca do que eu dou. E eu não sei o que os outros dão. E os outros também não sabem o quanto eu dou.
E eu dou muito. De cada vez que eu dou uma palavra amiga, eu dou. De cada vez que eu dou um elogio, eu dou. De cada vez que eu ajudo sem interesse outra pessoa, eu dou. De cada vez que eu sorrio para o mundo, eu dou.
De cada vez que o meu pensamento e a minha ação é um de energia positiva, eu dou. E dou também com o meu trabalho e a minha contribuição para os outros e para o mundo.
Sem mim o mundo continua a existir, mas comigo o mundo é mais e melhor. O que eu faço com o meu trabalho, outros já não têm de o fazer. E o que eu faço com o meu trabalho, outros colhem os frutos e benefícios disso. Eu dou e por isso recebo.
E quando eu dou mais do que me pagam para fazer, mais recebo. Talvez não da forma direta em que normalmente recebo, mas recebo sempre aquele mais que dou, através de sorte, bênçãos e novas oportunidades.
E é importante que eu me lembre de dar. E quando eu faço algo contrariada não estou a dar, estou a retirar. Quando eu faço algo por obrigação ou por medo, não estou a dar, estou a retirar.
E quanto mais retiro, mais perco.
Por isso eu quero continuar a dar. Dar sem olhar a quanto recebo em troca. Dar sem esperar o elogio ou o agradecimento. Dar sem saber quem recebeu ou se deu valor ao que recebeu.
Isso é o que eu quero.
Ainda não estou bem lá … mas estou quase!