Nós somos seres sociais e queremos partilhar as nossas experiências.
Eu dou por mim muitas vezes a querer contar a alguém algo que aconteceu-me, um acontecimento, uma experiência, mas que nem sempre é positiva, e por isso mais vale eu estar calada.
Hoje é um desses dias, em que estou com a história presa na língua, mas que, ao contrário do que acontecia antes e queria mesmo partilhar, agora faço o meu melhor por reconhecer que isso não iria me trazer benefício algum e deixar ir.
Para largar esta vontade preciso de compreender que contar uma história é continuar a mantê-la ativa e prolongar esta realidade na minha vida.
Mas não basta. É preciso também tomar consciência desta vontade que surge e toma conta de nós e nos compele por vezes até a aturar uma conversa que não nos interessa, só para em algum ponto ter-mos a oportunidade de introduzir a nossa experiência que tanto queremos que o outro saiba.
É mais forte do que nós, porque é um hábito que está muito enraizado na nossa vida social.
Sem contar é como se não tive acontecido, é como não dar-lhe valor e importância. E por esse motivo mesmo, se for algo negativo, não devemos contar.
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