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Autoconfiança Significa Confiança no Próprio


Autoconfiança significa confiança no próprio, ou seja, cá dentro eu saber que eu confio em mim.

Uma pessoa que tem confiança em si mesma, valoriza, acima de tudo, as suas opiniões, a sua intuição, as suas preferências.
Uma pessoa que tem confiança nas suas capacidades acredita que é capaz, que consegue superar o desafio, sabe que independentemente do resultado irá dar a volta por cima.

Toda a criança nasce com autoconfiança, no entanto, quase todo o adulto precisa de aprender a reativar esta emoção dentro de si.

Após os primeiros anos de existência, nos quais somos sempre os mais bonitos do mundo, os mais fofos, os mais inteligentes, e os mais divertidos (situação que confirma e valida a nossa autoconfiança), passamos a ser comparados com os outros, passamos a ouvir crítica e julgamento, passamos a ser condenados pelos nossos atos, pelas nossas falhas, e até pelas nossas escolhas …
Depressa somos convencidos que aquilo que sentimos e pensamos não é relevante e é mentira, pois é diferente daquilo que os outros dizem que sentem e pensam.

Depois entramos na adolescência e o instinto primitivo que nos faz querer enraizar e pertencer a um grupo leva muitos de nós a deitar completamente por terra quem somos … a nossa identidade.

Mas hoje em dia algo ainda mais importante contribui para a perda da autoconfiança – Os pais, que querem ser o melhor amigo e vivem exclusivamente para o bem-estar do filho.

O foco na criança é tão grande que não a permite ser quem é. Não a permite respirar a sua própria energia, conectar com a sua criatividade, ouvir a sua voz interior, seguir os seus impulsos e intuição.

A criança depressa aprende que não consegue fazer nada sozinha, que não consegue decidir nada sozinha, que não pode confiar nas suas escolhas e preferências, porque tem um adulto que a ama tanto e diz saber mais do que ela a monitorizar cada passo, dando instruções e aprovação ou rejeição, tornando-se o seu principal sistema de guia para a vida.

Os pais querem proteger a cria e fazem de tudo para que ela tenha o melhor da vida. E acima de tudo, não querem que o filho sofra o que eles sofreram, não querem que o filho sinta o que eles sentiram.
Querem que o filho tenha as possibilidades e sucesso na vida que eles sentem que não tiveram oportunidade de ter. Querem que o filho tenha a autoconfiança e carisma que eles sentem não ter, e no entanto com o que fazem, conseguem exatamente o resultado oposto.

Hoje em dia cada vez mais as crianças, depois adolescentes e depois jovens adultos, tornam-se mais inseguras, mais ansiosas, mais frustradas, e menos capazes.

Se o pai/mãe luta com a sua própria falta de autoconfiança e incapacidade de ignorar a opinião dos outros, o filho/filha desta geração vai mais além e luta agora com a falta de motivação e iniciativa própria. Mais ainda, muitas vezes sente-se perdido e vazio dentro de si mesmo sem entender porquê.
Sente-se a sufocar (sem saber) por uns pais a quem nem têm a sorte de poder odiar e lutar contra … pois são os seus melhores amigos.

Os pais em geral, e estes em particular, querem o melhor para os seus filhos, disso eu não tenho dúvida, mas não entendem como a mente se forma e como funciona, e não entendem também que a maior e mais importante arma que cada um pode ter para o seu sucesso pessoal e na vida é ter autoconfiança, e para isso acontecer é preciso que recuem dez passos para trás e digam … “Vai, escolhe, decide, e faz, que eu sei que tu consegues e sabes sempre o que é melhor para ti. Está tudo bem quando algo corre mal, eu confio em ti, e sei que vais encontrar outro caminho. Quando sofres isso eventualmente passa e tu ficas mais forte, mais sábio e mais crescido. Não tenhas medo de fazer uma escolha errada, se vem do teu coração, é sempre a escolha certa e faz parte do teu caminho.”

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