Fala-se muito da autoconfiança como um pilar para o sucesso. Eu também falo. Mas esse é um componente não tão importante quanto a autoestima.
Sem autoconfiança não avançamos, não fazemos escolhas, nem tomamos decisões, por nós próprios, e de acordo com as nossas vontades, preferências e opiniões.
Mas de nada adianta a autoconfiança do fazedor quando este não se estima.
A autoconfiança impulsiona a ação, mas é a autoestima que alimenta a ação e a encaminha na direção do sucesso.
Não há autoestima quando a pessoa tem crenças em si que lhe dizem ... tu não vales nada, tu não és importante, tu não és ninguém.
Quem tu és não interessa a ninguém. A tua ação não interessa a ninguém. Não és relevante. Não és bom o suficiente. Não és suficiente ...
Sem autoestima a autoconfiança perde-se pelo caminho, pois não é suportada pelo contacto com os outros.
Quando não há autoestima, ela vai-se buscar à estima que os outros nos dão.
Quando os outros nos dão valor - logo nos estimam- a nossa estima fica cheia.
Quando não nos dão, ou até sentimos que a retiram, a nossa estima vai por água abaixo.
Sentimo-nos pequenos, insignificantes, um zero à esquerda.
Enchemos o coração de tristeza pela falta de amor em que se encontra.
A dúvida instala-se e a desmotivação também. Voltamos a vestir a carapuça do "eu não valho nada", porque ela tão bem nos serve e está sempre presente em nós.
A autoestima, ou o sentido de importância próprio, nasce connosco, mas nem sempre é alimentada. Pelo contrário. Muitas vezes nascemos em meios familiares que de tudo fazem para nos retirar a autoestima, para nos convencer que não somos ninguém, que não somos o centro do mundo, que não somos importantes, que não somos significantes.
Muitas vezes isto acontece porque é assim que os adultos aprenderam a pensar e a agir. Muitas vezes também, ensinam esta lição, não com a sua intenção e ação, mas com o seu exemplo pessoal e do qual a criança está a absorver.
Já a autoconfiança é um pouco o oposto. Ou a criança aprende a ser autoconfiante ou não aprende. Ou a ensinam que é capaz ou a ensinam que não consegue nada sozinha. Ou aprende a ouvir a sua intuição ou aprende a seguir a opinião dos outros.
Muitas vezes até, a causa da origem da sua perda de autoestima, é a mesma que a faz tornar-se mais autoconfiante e virada para si própria. Para as suas intenções e intuições.
Torna-se assim mais capaz de escolher caminhos, de avançar, e de conquistar.
Mas vive a recuar para trás e a introduzir resistência na sua vida, por duvidar de si mesma e do valor que os outros lhe dão.
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