Qualquer pessoa que queira liderar, seja na sua família, seja na sua empresa, ou seja para um propósito maior na humanidade, precisa de ser líder do seu controle emocional.
Hoje em dia, as crianças, por exemplo, têm falta de liderança no seu seio familiar e até escolar.
Isto não quer dizer que os pais tenham de ser mais rígidos ou severos, mas precisam de demonstrar controle emocional para que a criança possa sentir-se segura e com sentido de orientação.
Com os pais tão envolvidos numa energia de stress e ansiedade, sem paz interior, e sem sentido de poder pessoal nas suas vidas, a criança absorve esta energia de caos e reflete a mesma de volta através das suas ações.
Torna-se mais hiperativa, intolerante, e por vezes até agressiva.
Claro que nenhum pai tem culpa pela forma como se deixa envolver pelos afazeres e problemas da sua vida, mas tem a responsabilidade de procurar desenvolver mestria perante uma situação que requer a sua força interior e liderança ... que é a sua própria vida.
No fundo o que a criança quer é um sentido de certeza e direção, que só pode ser dado por um líder.
Seja nesta situação ou noutra qualquer em que a nossa liderança é necessária ou desejamos assumir essa posição, as qualificações são as mesmas:
Um líder transmite força interior, e essa força vem de um controle emocional.
O líder tem controle emocional. Para isso precisa de estar atento e presente nas situações e atento e presente em si próprio para sentir o desenvolver das suas emoções.
O líder não oscila nas suas emoções à maré dos acontecimentos. Mantém-se calmo, imponente e seguro perante as situações adversas, e calmo e tranquilo perante as conquistas.
O líder não é reativo. Não reage às situações, mas sim responde às situações.
O líder é o porto seguro que mantém-se fiel a si próprio perante qualquer situação e transmite certeza e continuidade.
O líder demonstra compreensão e aceitação pelos outros, mas impõe barreiras bem definidas perante os seus limites relativamente a todas as áreas da sua vida.
O líder não justifica, nem explica as suas ações. Mas deixa bem claro as suas intenções e o caminho em que segue.
Voltando ao exemplo do pai ou mãe e da criança, cabe aos pais fazer o seu fortalecimento emocional para que a criança possa ter a estabilidade que precisa e poder apenas ser criança.
Cabe aos pais definir os seus limites e criar barreiras à priori, às quais se manterão fiéis e constantes, sem margens para dúvidas.
Cabe aos pais definir o grau de intensidade com que respondem aos diferentes acontecimentos, especialmente se são situações comuns e por isso já esperadas e conhecidas.
Cabe aos pais criar em si a calma interior para que possam transmitir segurança e tranquilidade.
Cabe aos pais ser o líder, pois a criança jamais o poderá ser, e todo o grupo precisa de pelo menos um líder para que possa funcionar em harmonia.
E tudo isto não se consegue sem haver controle emocional, que passa por um sentido de consciência em relação às próprias emoções e conversa interior, por vezes mais do conhecimento do próprio, e muitas outras que funciona como uma música de fundo que nem damos conta.
Se estamos a falar de um patrão e os seus funcionários, a situação é exatamente a mesma, e o que é esperado do patrão é o mesmo sentido de liderança para um melhor desempenho dos seus funcionários e maior sucesso do seu negócio.
E toda a pessoa tem em si a capacidade para ser líder.
Esta característica de personalidade é uma energia que demonstra um poder pessoal fortalecido e seguro de si próprio.
Demonstra autoconfiança e autoestima e um sentido de ser e de ação bem definido.
Poderá não ser uma energia bem desenvolvida na maioria das pessoas, mas qualquer pessoa pode fazer o seu trabalho interior para a conquistar e adquirir mestria.
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