Amor não é a energia com a vibração mais alta na escala emocional. Acima de amor ainda encontramos um estado de iluminação e de sabedoria. Mas amor é o suficiente para que tudo o que desejamos se manifeste de forma instantânea.
Amor é tudo o que precisamos. E amor é o nosso estado natural.
Por amor não me refiro ao amor romântico ou ao amor do apego. Esses não pertencem à vibração que é a energia do amor. E por esse motivo, muitos usam a palavra amor em vão.
Muitos invocam a palavra amor para justificar os seus medos, as suas inseguranças, as suas vinganças, as suas carências, as suas exigências.
Só que em todos e qualquer um destes estados, o amor não existe.
Eu sei que este é um dos conceitos talvez mais difíceis de entender, pois será muito difícil a um pai aceitar que não ama um filho quando sente preocupação ou medo por ele.
E é igualmente difícil a um enamorado aceitar que não ama quando não deixa o outro ser livre.
A explicação está no facto de que os nossos sentimentos representam aquilo que realmente pensamos e o estado emocional em que nos encontramos.
Falando de uma forma mais específica, os nossos sentimentos são aquilo que sentimos a acontecer em nós.
O nosso corpo é energia em movimento. São partículas infinitas e minúsculas de energia que vibram a uma determinada velocidade, logo estão em movimento. E em cada momento, esta vibração, ou movimento, é o nosso estado emocional. E é identificado por nós através daquilo que dizemos que sentimos.
Quando o nosso corpo está a vibrar a uma velocidade que foi denominada como sendo amor, nós dizemos que estamos a amar, ou que somos amor.
Mas o que o ser humano sempre aprendeu muito bem foi a falar da boca para fora. Quero com isto dizer, a falar sem estar realmente a sentir. Sem estar realmente a SER.
E por este motivo muitas vezes usa palavras que não correspondem à verdade. À sua verdade naquele momento.
Porque diz aquilo que acha que deve dizer, ou que é o certo dizer, ou que os outros esperam que diga, ou até o que se ilude a acreditar que é verdade.
Uma coisa é certa. Nós não podemos sentir aquilo que não estamos a sentir. E nós só podemos sentir aquilo que realmente está a acontecer em nós.
De nada adianta dizer uma coisa com palavras, quando o corpo está a dizer outra. E o corpo é quem diz sempre a verdade.
Por isso, se queremos ser mais verdadeiros com nós próprios, precisamos de parar mais, ouvir mais, e sentir mais.
Viver numa ilusão de nada nos serve se o Universo não ouve, nem responde a ilusões.
O Universo só ouve a linguagem da vibração de energia. E responde a essa energia de forma igual.
É como se o nosso corpo, em cada momento, estivesse a emitir um som, uma melodia, de acordo com as notas que estão a ser ativadas.
E o Universo ouve essa melodia e a amplia, tornando-a mais intensa e poderosa.
É como se fosse um megafone, que aumenta o som, tornando-o ignorável ...
Sim, é isso o que o Universo faz com a melodia que emitimos com a nossa vibração.
Amplia, aumenta e torna ignorável.
E quando estamos realmente a emitir amor, é isso que recebemos de volta. E de uma forma muito maior e intensa.
Amor em relação a quem somos. Amor em relação ao nosso corpo. Amor em relação aos diferentes aspetos e circunstâncias da nossa vida.
Dito isto, podemos nós sentir amor em relação a outras pessoas?
Nós podemos ser amor e manter este nosso estado enquanto focamos a nossa atenção noutra pessoa, e desta forma estamos a amar essa pessoa.
Podemos até fazer isto de uma forma geral, focando a nossa atenção na humanidade e na natureza e assim a enviar amor a todos os seres e a todo o planeta.
Mas não é possível amar, nem enviar amor, quando o nosso estado emocional não é um de amor.
Em cada momento em que estamos num estado emocional de medo, irritação, preocupação, ciúme, inveja, raiva, etc, não estamos a ser amor, logo não podemos dar aquilo que não temos.
Na verdade, e sem querer ofender ninguém, a maioria perde a sua ligação ao seu amor pessoal logo ainda nos primeiros sete anos de vida, e por isso vive uma vida inteira sem realmente amar a si próprio, nem a quem quer se seja.
A ilusão muitas vezes acontece quando criamos afetos e dependências por outros. Nos quais vamos buscar a nossa ilusão de amor e aos quais exigimos um certo comportamento para que não nos tirem deste estado ilusório.
Sempre que o outro falha com as nossas expetativas, ou retira o seu foco de atenção da nossa pessoa, a ilusão acaba e somos confrontados com a realidade em que nos encontramos.
O sofrimento assim acontece. Por um lado porque entramos em contacto com a falta de amor em que vivemos. Por outro porque não entendemos a emoção que estamos a sentir como já sendo parte de nós e culpamos o outro de algo que ele/ela jamais vai poder sarar.
Comentários
Enviar um comentário
Deixe aqui o seu comentário: